quarta-feira, setembro 20, 2006

Porque temos a tendência para tentar justificar tudo o que fazemos perante a sociedade? Ninguém tem o direito de nos julgar! Apenas nós... e usualmente somos mais rigorosos que quem se pretende no direito de nos julgar.

Mas ainda assim condicionamos a nossa actuação, numa vã tentativa de agradar a "gregos e troianos", e por vezes esquecemos de ser nós mesmos.

Quando foi que as pessoas se esqueceram que somos apenas humanos? Ninguém há que não erre. Se aprendemos com os erros, muito bem, se não, o problema é exclusivamente nosso! Não é quem se julga no direito de criticar que vai sofrer as eventuais consequências que daí possam advir! Dou por mim a pensar, mas será que não têm vida própria? Porque é que os problemas de terceiros lhes interessam? Se for para ajudar a resolver, retiro tudo o que disse, mas intenções altruístas escasseiam no mundo em que vivemos... valham-nos as excepções!

É nesta alturas que me reconheço escorpião... a vontade de "picar" esses pretensos julgadores chega a toldar o raciocínio... aqui o ascendente deve ter uma palavra a dizer, pois raramente deixo que as coisas estravazem. Mas não é por falta de vontade!

Assisti esta manhã a uma cena mto feia... uma colega, com quem lido não há mto tempo, mas que me parece uma óptima pessoa, está a atravessar um processo de divórcio algo complicado. Os motivos só aos dois interessam, mas surge sempre alguém, que julgando ter a solução para todos os problemas dos outros, se julga no direito de criticar, dar palpites, pressionar... tudo sob o falso pretexto de "aconselhar"... doa a quem doer.

Tanto ou tão pouco lhe disse, que a minha colega acabou de rastos, sem controlar o choro em pleno escritório!Ainda não sei como consegui agarrar nela e sair dali, sem nada dizer àquela outra alma!

Qdo estamos em baixo, precisamos de uma mão amiga, não de críticas. Se não há capacidade para estender essa mão, ao menos que se evitem as censuras, directas, ou pior... camufladas sob falsos moralismos.

terça-feira, setembro 19, 2006

If...

A Vida era tão mais fácil se viéssemos com livro de instruções... muito menos interessante talvez. Ainda assim, por vezes dou por mim a pensar que seria preferível...

Porque é que quando estão em causa sentimentos, deixamos de raciocinar? Noções simples como o certo e o errado deixam de fazer sentido, ou assumem as definições que lhes queremos dar.

Em teoria tudo é tão simples! Mas é na prática que nos vamos conhecendo e descobrindo que talvez não sejamos quem pensávamos ser... nem melhores, nem piores... apenas humanos!

Cometemos erros, e escolhemos aprender ou não com eles...

Fazemos escolhas, arriscamos... entre sorrisos e lágrimas vamos prosseguindo, umas vezes vivendo, outras apenas existindo...

E aqui tenho de dar razão a um amigo muito querido - mesmo que viéssemos com livro de instruções, o mais certo seria não as lermos :P

Permito-me acrescentar... ainda que as lêssemos, o mais certo era não as seguirmos!

Entre dias de sol e de tempestade, resta-me desejar, esperando, que o balanço seja positivo... e até à data não me posso queixar, ou não devo, porque não tenho motivos para isso.

O que acontece é que por vezes tenho tendência para criar as minhas próprias "nuvens"...

Felizmente, na maioria dos casos apenas dão origem a tempestades de Verão... intensas na hora, mas que passam depressa. E esta deve estar mesmo a acabar...

terça-feira, setembro 05, 2006

Somente de passagem

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? - perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! - surpreendeu-se o turista - Mas eu estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.
"A vida na Terra é somente uma passagem...No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem de ser felizes."
Eis um erro q ando a tentar evitar... :)

sexta-feira, setembro 01, 2006

Amigos

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A Amizade é um sentimento mais nobre que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de quanto me são necessários, de como são indispensáveis...
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
«A gente não faz amigos, reconhece-os.» "
Vinicius de Moraes
Que mais acrescentar, qdo já alguém soube exprimir desta maneira o significado da amizade... neste rodopio incessante q é a Vida, precisamos por vezes de alguém q nos lembre o q realmente interessa e dá sentido à nossa realidade.
Aos meus amigos... bem hajam por existirem! :)